Zanetti inicia disputa das argolas em Tóquio

Jogos Olímpicos

23/07/2021  

O ginasta é campeão olímpico (Londres-2012) e medalhista de prata (Rio-2016), campeão mundial e pan-americano e entra no Ariake Gymnastics Centre com a seleção brasileira, pela subdivisão 2, às 2h30 deste sábado (24/7).


O ginasta Arthur Zanetti se apresenta no Ariake Gymnastics Centre, ginásio da disputa da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a partir das 2h30 da madrugada deste sábado pelo horário de Brasília (24/7), na classificatória masculina. O Brasil está na Subdivisão 2, com Japão, Grã-Bretanha e Suíça. Arthur está inscrito como ginasta individual, nas argolas – a final do aparelho será no dia 2 de agosto, a partir das 5 horas (horário de Brasília).
Arthur foi o primeiro campeão olímpico (e começa a disputa de Tóquio como o único) da ginástica artística do Brasil, nas argolas nos Jogos de Londres-2012. Quatro anos depois, no Rio-2016, foi novamente ao pódio com a medalha de prata nas argolas. E a preparação do ciclo olímpico até Tóquio-2020 seguia o curso normal até que foi interrompido pela pandemia da COVID-19.
Tudo mudou em março de 2020. Arthur estava em Baku, para a etapa da Copa do Mundo do Azerbaijão, e iria também para a competição seguinte do circuito da Federação Internacional de Ginástica (FIG), em Doha, no Catar. Tinha, inclusive, feito a qualificação nas argolas em Baku e iria disputar a final do aparelho quando foi informado que o evento havia sido cancelado no meio e todos retornariam ao Brasil, por causa da pandemia.
Os ginásios foram fechados e Arthur viveu meses de treinos em casa, improvisando os exercícios em móveis da casa – chegou a montar as argolas na garagem. O adiamento da Olimpíada para 2021 permitiu a Arthur Zanetti acompanhar de perto toda a gravidez da mulher Jessica e o nascimento do primeiro filho Liam, em 13 de setembro de 2020. "Essa foi a parte boa do adiamento para mim, apesar de todo o problema que a pandemia causou."
Os treinos foram retomados no ginásio em setembro de 2020, mas Arthur só voltou a competir depois de 15 meses, em junho na Copa do Mundo de Doha, Catar, na Aspire Dome arena, do circuito da Federação Internacional de Ginástica (FIG) – ganhou a medalha de prata nas argolas (25/6) com a nota 14.933 (14.666, na qualificação), indo ao pódio com o grego Eleftherios Petrounias (15.500) e o iraniano Mahdi Ahmad Kohani (14.733).
A seleção brasileira aproveitou a disputa em Doha para fazer a preparação final no país e "quebrar o impacto do fuso horário em seis horas" conforme explicou o técnico Marcos Goto. A seleção tem Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares e Francisco Barretto Junior e Arthur Zanetti como ginasta individual. Os chefes de equipe são Juliana Fajardo e Henrique Motta e o coordenador e treinador é Marcos Goto. Os treinadores são Cristiano Albino e Ricardo Yokoyama.
Em Doha, Arthur mostrou que está em boa forma. "Foi bom sentir a adrenalina da competição de novo, ganhar ritmo", disse Arthur Zanetti. Arthur tem 15 anos de seleção brasileira. Referência na modalidade, prefere não falar em expectativa de resultado, mas garante que a maturidade ajuda e não se sente pressionado por já ser dono de duas medalhas olímpicas. "O que eu tinha de conseguir consegui, a gente fez o nosso papel em Londres, em 2012. No Rio, ganhar uma medalha em casa, com a presença da nossa torcida, foi um presente, um bônus incrível. Fiz o que tinha de fazer e o que vier é lucro. Mas é lógico que trabalhei, nesse ciclo olímpico de cinco anos, mais longo, para trazer mais uma medalha", disse Arthur. 
Arthur está no topo da ginástica artística masculina há uma década. Depois da prata olímpica no Rio-2016, foi 7º colocado no Mundial de 2017, medalha de prata (2º) no Mundial de Doha-2018 e 5º no Mundial de 2019. Tem a medalha de ouro conquistada na Antuérpia-2013 e mais duas medalhas de prata em Mundiais, em Nanning-2014 e Tóquio-2011.

Top