Cair no futebol é algo que sempre mexe com os brios de todos que estão envolvidos no descenso, mas esse rebaixamento do São Caetano veio com razões e sentimentos que chamaram demais a atenção deste jornalista que vive o dia a dia clube há anos.
Não teve choro nem lamentação do povo que perdeu a identificação pelo representante oficial da cidade no futebol profissional. Houve xingos e muito desprezo.
Em uma cidade que tem em seu povo o “orgulho de ser ou estar” como característica predominante, o rebaixamento do Azulão por incrível que pareça foi comemorado por alguns esportistas que insistem em não aceita-lo como o elo maior do esporte nacional e o município.
Mesmo que sem sucesso eu busco entender, não sei se entender ou não querer reconhecer a razão ou razões pelas quais esse distanciamento se faz existir.
As rendas, audiência e relação são alguns dos pontos que classifico como fundamentais na justificativa de um acompanhamento tão evasivo e distante.
Um time sem brilho, sem ídolos, sem inspiração e transpiração. Um time que não sorri para ser abraçado e muito menos abre seus braços para ser visto.
Sei que para tudo temos as exceções, mas a pergunta que me fiz nas primeiras horas após o descenso esta exatamente pautada na falta de sofrimento de uma cidade que respira o esporte e tem no futebol assim como todo o país um grande número de fãs.
As conquistas são sublimes, mas a reconstrução quando almejada por muitos é algo extremamente sólido e de caráter promissor. Que 2020 seja realmente um ano de grandes conquistas e mudanças para a cidade. Que os torcedores que realmente amam o Azulão possam colaborar com seu carinho, atenção e empolgação ao longo da disputa da Série A2 e que os envolvidos nas mais diversas e diferentes esferas possam colaborar efetivamente para o acesso.
Como a vida segue e o futebol também, nos resta juntar os cacos e acompanharmos a difícil Série D do campeonato Brasileiro que começa para o São Caetano no início de maio.
Luciano Luiz