Diante de quase 40 mil torcedores no Estádio do Dragão, em
Portugal, a seleção brasileira enfrentou o Panamá com algumas novidades. Os
testes de Tite não surtiram o efeito esperado: o meio-campo não foi tão
criativo, e Coutinho voltou a ser nota negativa. Paquetá, estreante com a
camisa 10, até marcou o dele, mas o
Brasil não saiu de um empate em 1 a 1. A
seleção segue na Europa para outro amistoso preparatório para a Copa América.
Na próxima terça-feira, a seleção de Tite enfrenta a República Tcheca, em Praga,
às 16h45 (de Brasília). O 4-3-3 de Tite
O Panamá não conseguiu sair do campo de
defesa nos primeiros minutos de jogo. Em um 4-3-3, a seleção brasileira
encurralava o rival com e sem a bola. Coutinho pela esquerda e Paquetá
centralizado ficavam mais responsáveis pela armação. Arthur vinha sempre como
opção também para as jogadas ofensivas, com Casemiro como o único volante
"fixo". Richarlison era o homem de penetração pela direita, enquanto
Firmino atuava como falso 9. Essa era a
seleção que pressionou os panamenhos nos primeiros minutos. Mas a verdade é que
a primeira boa chance de gol (que valeu, já que houve arremate anulado pela
arbitragem) foi aos 17 minutos. Alex Telles mandou bola na medida para
Richarlison, que cabeceou perto da trave.
No 4-3-3 de Tite, Arthur ganhou mais liberdade. O meia deu opção de
chutes de fora da área, e ameaçou assim duas vezes por volta dos 20 minutos.
Mas ainda era muito pouco para vencer a retranca rival. Faltava mais Coutinho na seleção. O camisa 11
errava quase tudo que tentava, a verdade é essa. Paquetá também não acertava
muito. Fora os chutes de Arthur, o setor criativo brasileiro não
funcionou. E o discurso de Tite na
coletiva era exatamente esse: ter um setor criativo decisivo, acima de
atacantes com grandes médias de gols. Tudo se acertou quando o setor criativo
resolveu fazer mais que só tentar criar. Paquetá aparece na área, mas resposta
vem pelo alto Lucas Paquetá apareceu na área. Pela primeira vez vestindo a
camisa 10 da seleção brasileira, o jovem meia recebeu cruzamento da direita de
Casemiro e, com a perna canhota, mandou para a rede. Só que a resposta
panamenha veio na bola parada. Depois de falta cobrada na área, Adolfo Machado
ganhou no alto e aproveitou Ederson adiantado para encobrir o goleiro. O
árbitro ficou indeciso quanto a posição do zagueiro, mas o bandeira correu para
o meio, apesar de Adolfo estar adiantado.
Coutinho tentou ser a resposta para o empate. Aparecia para carimbar
todas as jogadas, e até conseguiu um ou outro bom passe, mas o empate persistiu
até o intervalo. Algumas vaias se ouviram, no meio de outros incentivos. Pouco criativo, Brasil para no travessão O
segundo tempo começou animado, e com a equipe panamenha disposta a atacar mais.
José Rodríguez mandou chute de fora logo aos três, e Ederson espalmou. A
resposta brasileira veio em cruzamento de Fágner, desviado por Richarlison. A
bola pegou no travessão. Vendo o jogo ficar equilibrado, Tite resolveu mexer.
Paquetá, que ameaçou com chute na meta aos 14, deu lugar a Everton, enquanto
Firmino, que tinha dado a ajeitada para Paquetá, saiu em seguida. Nenhum dos dois conseguia colocar fogo no
jogo, que esfriava junto com a temperatura na cidade do Porto. Quem mais
tentava acordar a torcida era Richarlison, que continuava aberto pela
direita. Depois de Richarlison ter
arrumado escanteio, o segundo gol quase saiu. Casemiro aproveitou a cobrança de
Coutinho e mandou no travessão. Outra vez... O volante tentou também em
cobrança de falta, mas Mejía espalmou. O
Brasil tentou vencer no fim por imposição territorial, mas mostrou pouco
futebol até para superar a fraca seleção panamenha, que no fim ainda ameaçou
vencer. Não teve festa brasileira em Portugal, mas não faltaram vaias.
Texto retirado de ogol.com.br