Palestinos tomam Doha em
busca de festas e campanhas de autonomia
Estado que busca sua
independência territorial vê no mundial a oportunidade de conscientização
internacional dos seus pleitos.
Como eu sempre digo,
"Não é só futebol", e a cada novo dia nos deparamos com mais
histórias, sempre ricas de conteúdo e de significado dos mais diversos.
Hoje na estação Usail conversei com um grupo muito animado da
Palestina que estavam a caminho do jogo Marrocos x Croácia.
Com bandeiras e sorrisos
abertos os torcedores insistiam e gritar por uma nova Palestina, atraindo a
simpatia e a atenção de muitos outros torcedores que estavam no local.
Jhamal Kalid, um dos mais
atuantes do grupo me disse que o momento era épico para o país, pois o mundo
está olhando para o Oriente Médio e não teria uma melhor oportunidade para que
o território palestino se apresentasse para todos.
Confesso que as brigas nessa
região não são fáceis de entender e durão muitos anos, além de não ser algo
muito sadio entrar em determinadas disputas com comentários sem embasamento
cultural e histórico.
Mas o que chamo a atenção é
a força que gera uma competição como a Copa do Mundo, um ambiente que
transcende definitivamente qualquer visão do esporte para ganhar notoriedade e
ações de diplomacia que muitas vezes parecem ser impossíveis no âmbito geral.
Marroquinos, brasileiros e
japoneses gritando juntos por exemplo ao lado de palestinos por sentimentos que
com absoluta certeza são de total desconhecimento para a complexidade e
entendimento de todos, porém por instantes se tornam um bem comum em meio ao
território universal chamado “confraternização”.
Assim me recordo da letra de
Imagine, música que John Lennon compôs há décadas e por instantes acreditamos
ser possível de se tornar realidade.
“Imagine que não houvesse
nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou
morrer
E nem religião, também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
E segue o jogo !!!