Jô admite gol de braço mas nega má fé

Futebol

19/09/2017  

O gol de braço de Jô contra o Vasco tem sido o assunto da semana no Brasil e acabou até por antecipar a utilização do árbitro de vídeo no Brasileiro. Nesta terça-feira, o atacante veio a público para admitir o toque e se defender, dizendo que não teve a intenção de usar o braço para fazer o gol.

O gol foi decisivo para a vitória do Corinthians, que segue líder com sobras no Brasileiro, mas o lance ganhou repercussão maior por conta do envolvimento de Jô em outra polêmica. Contra o São Paulo, o atacante se livrou de um amarelo após ser defendido em campo por Rodrigo Caio. Na época, Jô elogiou a atitude, mas não repetiu o fair-play neste domingo.

Em sua defesa, Jô diz que só percebeu o toque de braço ao ver o vídeo, e disse não ter tido a intenção de ludibriar a arbitragem.

"Estou muito tranquilo. Quem me conhece sabe que sou uma pessoa só, não tenho duas personalidades. Depois que saí do jogo, não tinha visto a imagem do gol. Chegando em casa, com mais tranquilidade, pude ver que a bola realmente tocou no braço", explicou o atacante sobre o fato de não ter admitido após a partida o toque no braço.

"Mas quero deixar claro que em nenhum momento quis trapacear. Os 19 gols que fiz foram com suor e dedicação. Não tive intenção de colocar a mão na bola. Ela tocou no braço. Mas minha intenção não era fazer nada errado", completou.

Jô continuou sua defesa lembrando que amadureceu na carreira e, com a "mudança", deixou os problemas e polêmicas de lado para servir de exemplo para outros atletas.

"Tenho sido exemplo para jogadores e algumas pessoas. Sou grato ao que o Corinthians tem feito por mim. Eu não queria ter feito sacanagem. Algumas pessoas acham que eu deveria ter assumido, mas se eu tivesse convicção, eu falaria. Não tenho por que esconder algo", disse.

"Entendo perfeitamente (que a repercussão foi maior por conta do lance com Rodrigo Caio). Como eu aplaudi e achei fantástica a atitude dele, talvez uma grande maioria gostaria de ver a mesma coisa. Mas foi uma situação diferente. Eu queria fazer o gol e era um momento difícil na partida e eu me atirei na bola. Não fiz o movimento de colocar a mão primeiro", argumentou. 

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