O Governo de São Paulo, por meio da Fundação Florestal,
entrega 68 quilômetros de trilhas revitalizadas nas Unidades de Conservação do
Vale do Ribeira, região de Mata Atlântica que resguarda as áreas mais bem
preservadas do bioma. No total, foram investidos R$ 6,5 milhões em 26 trilhas
na região.
As novidades garantem a implementação da maior trilha com
acessibilidade do Estado, no Parque Estadual Carlos Botelho, e mais mobilidade
em atrativos como a Caverna do Diabo e o Parque Estadual Turístico do Alto
Ribeira (PETAR).
Entre as estruturas implantadas, destacam-se mirantes e
decks de madeira, que têm a finalidade de estimular a experiência do visitante
ao permitir acesso a locais de onde se vislumbram belas paisagens em meio a
natureza, torres de observação de aves e áreas de descanso.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística,
Natália Resende, visita a Caverna do Diabo e o PETAR, no fim de semana. “As
trilhas são o principal meio de contato entre a sociedade e as Unidades de
Conservação. Com essa entrega, garantimos mais segurança e acessibilidade na
região, fomentando o ecoturismo aliado à defesa e à proteção do nosso meio
ambiente”, destaca.
As reformas foram realizadas em nove Unidades de
Conservação, sendo elas os Parques Estaduais Turístico do Alto Ribeira, Caverna
do Diabo, Jurupará, Nascentes do Paranapanema, Intervales, Carlos Botelho,
Itinguçi, Rio Turvo e Ilha do Cardoso. As obras contemplaram melhorias nos
caminhos e atrativos, incluindo melhorias em degraus e corrimãos de madeira,
decks, mirantes, pontes pênseis, regularização de piso e traçado, além de
placas de comunicação.
O diretor-executivo da Fundação Florestal, Rodrigo
Levkovicz, destaca a importância de garantir acessibilidade para pessoas com
deficiência. “Podemos destacar, como exemplo, o Mirante do PETAR, onde não era
possível o acesso por cadeira de rodas, e agora é. Em outros lugares, como a
cachoeira do Araçá, na Caverna do Diabo, local que antes tinha acesso limitado,
o acesso para todos também já é uma realidade. Estamos proporcionando, acima de
tudo, a independência dos usuários”.
As estruturas também receberam manutenção a fim de assegurar
a integridade ambiental das trilhas, sobretudo, para controle dos impactos
advindos do uso público. Para isso, foram executados serviços para implantação
de estruturas, dentre elas, segurança e contenção de encostas, regularização de
piso, sistema de drenagem para evitar erosões pontuais, clareamento, entre
outras.
Mais sobre o Petar
Localizado no sul do estado de São Paulo, o PETAR promove o
turismo ecológico no Vale do Ribeira. Criado em 1958, com seus mais 35.750 ha,
a unidade compreende parte dos municípios de Iporanga e Apiaí e tem
continuidade territorial com o Parque Estadual Intervales.
Além do valor como área remanescente de floresta, a
importância é acentuada pela associação da floresta com o chamado “relevo de
exceção”, com sistemas de cavernas que abrigam paisagens subterrâneas únicas,
com grande variedade morfológica de espeleotemas e sítios paleontológicos. Pelo
número – mais de 400, beleza e complexidade das suas cavernas, o local recebe
reconhecimento internacional.
Devido ao alto nível de preservação da região, a área abriga
espécies da Mata Atlântica típicas de matas primárias (vegetação com alto grau
de preservação, quase sem intervenção humana, com árvores entre 25 e 30 metros
de altura), como canela, cedro e palmito-juçara.
Além dessa importante matriz geológica, o PETAR apresenta
espécies de animais de amplo território, como a onça-pintada e o mono-carvoeiro
ou muriqui, maior primata das Américas.