Feira Solidária vira atração em Diadema

As barracas com coberturas azuis, colocadas uma ao lado da outra, quase formando um círculo no meio da praça, chamava a atenção de quem passava pelas avenidas Fábio Ramos Esquivel e Antônio Piranga na tarde-noite, de ontem, no centro de Diadema.

Assim, começou o primeiro dia de funcionamento da Feira Agroecológica Solidária, que oferece a população da cidade alimentos sem agrotóxicos, vindos de plantações de agricultores familiares do campo e urbanos e de empreendedores populares assistidos pela Casa da Economia Solidária de Diadema.

Os hortifrútis oferecidos na feira de Diadema vieram de três grupos da Regional Grande São Paulo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Eles fazem o plantio obedecendo a preceitos da Agroecologia, que é a não aplicação de aditivos químicos no cultivo, o respeito ao meio ambiente e a inclusão produtiva.

“É uma iniciativa importante que Diadema está fazendo. Além de promover renda para quem participa, a Feira Solidária facilita o consumo de produtos agroecológicos. Nós dos MST trabalhamos com esse foco e mostramos que, com diálogo entre assentados e a população e, com cooperação, nós fazemos uma reforma agrária produtiva e que incentiva o consumo de alimentos saudáveis”, afirma Marília Leite da Cooperativa Terra e Liberdade do MST.

Também utilizando formas de plantio baseados na Agroecologia, os integrantes das Hortas Comunitárias Gema, Fatec e 8 de Dezembro levaram suas hortaliças para vender na feira. Com grande procura, os temperos (salsinha, cebolinha e coentro), verduras e alguns legumes foram rapidamente vendidos.

O secretário de Segurança Alimentar de Diadema Gel Antônio, comemorando o feito, adiantou que na próxima edição da feira, em 16 de junho, outros participantes do Programa Agricultura Urbana, da qual as hortas estão inseridas, vão trazer seus produtos para vender no ponto de economia. “É muito positivo essas vendas porque incentiva outros participantes das hortas comunitárias e grupos solidários de Diadema a trazerem suas produções para cá. Com mais renda as pessoas vivem melhor”, declara.

Para Maria Helena Macedo, da Horta Gema, a feira vai dar maior visibilidade para o projeto e com isso atrair mais pessoas pra comprar nos locais onde estão os canteiros. “Nós já fazemos essas vendas, mas com a feira penso que vai aumentar a procura pelo que plantamos. São alimentos sadios, sem nenhum veneno, e isso é muito importante para a população”, conta a agricultora urbana que passa a dica dos dias melhores para fazer a compra na Horta Gema. São os sábados e domingos, no horário das 8h30 às 10h30. A horta fica na rua Luiz Merenda, s/n, no Campanário.