Espanha goleia Costa Rica, por 7 a 0

Um "baile" da Fúria, com predominância da posse de bola e chegada fácil ao gol de Navas

23/11/2022  

Uma aula de como ter a bola. Uma aula de futebol. Essa foi a tônica do jogo entre Espanha e Costa Rica, pelo Grupo E da Copa. Os torcedores presentes no estádio Al Thumama viram uma seleção espanhola literalmente jogando o fino da bola. Um jogar por música, um "baile". Independentemente da fragilidade do adversário, tem que se jogar. A Copa do Catar já pregou peças, mesmo que ainda no seu começo. E os comandados do técnico Luis Enrique seguiram à risca sua filosofia. Sem a bola, não se pode vencer. E a Fúria, com o famoso tik-taka, que tem como objetivo ter incessantemente a posse de bola, deixaram os jogadores da Costa Rica atônitos.

No primeiro tempo, além desta posse de bola (76%), muita movimentação, até o momento preciso de finalizar e chegar aos gols. O gol que abriu o placar saiu dos pés de Dani Olmo. Foi o centésimo gol espanhol em Copas do Mundo. A Espanha colocou o adversário "na roda" e o segundo gol saiu com Asensio, aproveitando cruzamento da esquerda e batendo de primeira. O terceiro veio de pênalti muito bem batido, com tranquilidade, por Ferrán Torres.

No segundo tempo, os europeus continuaram com o domínio completo do jogo e há de se destacar a juventude do elenco, mesclado com alguns nomes já consagrados, como o capitão Sergio Busquets, Cesar Azpilicueta e Jordi Alba. Um time inteligente e coeso. Uma escola de futebol galgada na paciência, troca de passes, intensidade de jogo, movimentações sem bola e objetividade. A Costa Rica foi mera espectadora, com apenas 16% de posse de bola. O quarto gol veio novamente com Ferrán Torres. E aí, a juventude apareceu, com muito talento. Um lindo gol de Gavi, para conferir o quinto. Finalização de primeira, o famoso três dedos, com muita calma, deste garoto de apenas 18 anos. O sexto gol de Soler e o sétimo do centroavante Morata. Um placar para empolgar e orgulhar o torcedor espanhol e abrir uma larga vantagem no saldo de gols, no seu grupo.

Essa foi a maior goleada da Copa até aqui e também da Espanha em Copas do Mundo, superando o placar de 6 a 1 diante da Bulgária, em 1998. Futebol bonito demais de se ver.

Texto: Alexandre Cardillo. 


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