Cultura, história e
organização – Berlim se apresenta para o mundo como referência de civilidade
A capital alemã tem
passagens históricas, não só no cenário local, mas para capítulos da humanidade
e mesmo assim se descobre a cada novo dia
Fechando nosso tour pela
Europa, antes de chegarmos no Catar para a cobertura da Copa do Mundo passeamos
um pouco no cenário cultural e histórico da capital alemã e a experiência nos
traz reflexões positivas.
Trata-se de uma cidade de
representatividade global que foi protagonista nas batalhas internas do povo
alemão e por consequência da sua importância ficou com cicatrizes incuráveis
após o processo do nazismo onde milhares de pessoas sofreram e morreram dentro
dos seus limites.
Porém de forma sóbria e com
projeção de desenvolvimento seu povo se uniu para não esconder sua face escura,
mas sim mostrar ao mundo um legado de reconstrução física e mental a todos.
Hoje Berlim possui museus
com um conteúdo de referência para arqueólogos de qualquer parte do planeta e
além disso aproveita sua excelência para propagar histórias e coloca a sua
própria para visitantes de toda Alemanha e do mundo que a visitam.
Assim a cidade lucra e
educa, além de se relacionar com todos do planeta. Seus representantes
entenderam que a melhor forma de combater a tristeza e as lembranças ruins do
holocausto é escancarar suas atrocidades e impactar através do conhecimento de
forma direta e real, onde a melhor orientação é o exemplo sombrio.
Visitamos a ilha dos museus,
um complexo de cinco unidades históricas onde a cidade traz peças icônicas da
humanidade como o Altar de Pérgamo, uma obra-prima da arte helenística do
século II aC, o Portão do Mercado de Mileto, com sua magnífica fachada de 17
metros de altura, o Antigo Oriente Próximo são o Portão de Ishtar e a Avenida
das Procissões da Babilônia, do século VI aC, obras do Romantismo, Realismo e
Impressionismo, incluindo pinturas de Spitzweg, Monet, Renoir, Degas e Cézanne,
a exposição continua com obras de Goethe e do Romanticismo, o busto de Nefertiti,
feito entre 1353 e 1336 aC, e considerado um dos mais importantes tesouros
artísticos do antigo Egito, dentre outras milhares de peças.
Também buscamos visitar o
Campo de Concentração de Sachsenhausen, foi a primeira de uma série de
instalações construídas pelos nazistas. A história diz que mais de cento e
cinquenta mil pessoas foram presas neste local e quase cinquenta mil não saíram
vivas.
A topografia do Terror é um
espaço de entrada gratuita que fica em uma região central da cidade e de fácil
acesso onde todos possuem a oportunidade de visualizarem em fotos, vídeos e
documentos o período mais cruel da humanidade e as imagens são agressivas,
porém absolutamente reais. Ao lado existe uma grande faixa ainda mantida do
muro de Berlim que pode ser fotografado, mas acima de tudo visualizado e
compreendido por tantas pessoas que tinham a existência dele somente em livros
de história.
Assim é Berlin, uma cidade
que não dorme, que recebe turistas, imigrantes ou refugiados de todo o mundo e
os abraça com o coração de quem foi abraçado pelo planeta em outrora.
Agradecemos o escritório do
Visit Berlin pela recepção e orientação e indicamos a visita na cidade para
todos que buscam uma experiência de cultura, arte, história e diversão.