A atuação do Corinthians nesta sexta-feira, na Neo Química
Arena, foi medonha. Mano Menezes levou um nó tático de Rogério Ceni no primeiro
tempo que impediu que a equipe fosse capaz de reverter a situação. O time
alvinegro foi massacrado pelo Bahiae igualou sua pior derrota na história em
Itaquera. O placar de 5 a 1 a favor dos visitantes embolou novamente a briga
pela permanência na elite do futebol brasileiro.
Foi desenhado o pior cenário para o Corinthians na véspera
da eleição presidencial que definirá quem comandará o clube pelos próximos três
anos. Em um setor do estádio, houve confusão entre torcedores. Alguns invadiram
o gramado, mas foram contidos por seguranças. No apito final, as organizadas
protestaram fortemente: “Fora, todo mundo: diretoria omissa e elenco
vagabundo”.
Essa também foi o maior triunfo do Bahia sobre o time
alvinegro e como visitante em Campeonatos Brasileiros. O conjunto tricolor não
vencia o adversário na capital paulista desde 2008 na Série B. Com o resultado,
o time de Salvador deixa a zona de rebaixamento e empurra o Cruzeiro de volta
para a 17ª posição. Já o Corinthians estaciona em 12º, apenas três pontos
distante do Z-4.
Fortaleza, Corinthians, Internacional, Santos, Bahia, Vasco
e Cruzeiro estão ameaçados seriamente pelo rebaixamento. Goiás ainda tem
chances de se salvar, mas vive situação muito complicada.
O primeiro tempo foi um verdadeiro baile do Bahia em
Itaquera. Desde os primeiros movimentos, estava claro o objetivo tricolor,
enquanto o Corinthians parecia estar em campo com o único objetivo de cumprir tabela.
Com um esquema com um ataque mais móvel, Rogério Ceni deu um nó em Mano
Menezes, que optou por uma formação com três zagueiros, sendo um dele o
lateral-esquerdo Fábio Santos.
O gol que abriu o marcador saiu na bola parada. Logo aos 4
minutos, Rezende desviou a bola em cobrança de escanteio e acertou o canto de
Cássio. O placar adverso deixou o Corinthians desnorteado diante de um Bahia
avassalador. Aos 16, Cauly fez uma linda jogada individual, acertou um chute
cruzado, quase sem ângulo, e anotou um golaço para os visitantes.
Mano decidiu voltar para o esquema com quatro defensores,
sacou Fábio Santos do time e colocou o atacante Wesley. Assim, Bidu recuou para
a lateral-esquerda e Fagner deixou de ser ala para retornar à sua função
original.
O Bahia, porém, não parou por aí. O zagueiro Gil pisou no pé
de Biel dentro da área, o VAR recomendou a revisão do lance ao árbitro Marcelo
de Lima Henrique. O pênalti foi marcado, e Thaciano converteu a cobrança, aos
29 minutos. No tempo restante, o Corinthians buscou o ataque, mas os visitantes
continuaram mais perigosos e exigiram de Cássio importantes defesas. Ao soar o
apito, vaias ecoaram na Neo Química Arena.
Na volta do intervalo, os times voltaram sem alterações. O
jogo ficou morno sem grandes lances de perigo dos dois lados. Para o Bahia, o
panorama era o desejado. Com o marcador amplamente favorável, o foco passou a
ser em segurar o placar. Mas a postura permitiu que o Corinthians ficasse mais
próximo de balançar as redes.
Aos 22 minutos, a zaga do Bahia se atrapalhou, Renato
Augusto apareceu livre e acertou um belo chute para descontar. O gol fez a
torcida corintiana aumentar o volume e embalar o time da casa em busca de mais
uma bola na rede.
No entanto, quem brilhou foi Rogério Ceni. O técnico
promoveu a entrada de Ademir no lugar de Biel. O atacante ficou cara a cara com
Cássio após tabela com Cauly e fez mais um para o Bahia. Diante do quarto gol,
alguns torcedores começaram a deixar a Neo Química Arena. Ademir também sofreu
um pênalti já na reta final. Thaciano bateu e anotou mais um.